2 de nov. de 2010

Olhos de Cólera

Olhos fixos e incrédulos, mãos que suam friamente, o corpo está ardente, o coração parece querer explodir. Na garganta um grito preso, uma dor dentro do peito, me sinto fora do plano, uma angustia anda me cercando, me falta a vontade de rir. Observo o teu modo de agir, me mostra ser tão incostante, imaturo e frio. Perco-me no teu charme, mas acordo e sei que é tarde, já não és o mesmo pra mim. Adeus ao teu lindo sorriso, os abraços intermináveis tiverem fim. Foi tudo tão breve e intenso pra mim, doloroso talvez. Não planejei estar aqui sentada a te olhar e sentir essa dor que agora me consome. Confesso que de mim lágrimas querem sair. Sei, não te importarias e dai? Já não ligo pra você e prefiro não te ver. Minha vida mudou e no passado você ficou, tanta paixão que fim levou? Eu já não quero mais saber, prefiro o presente viver, esse que anda me fazendo tão feliz, da extrema alegria estou por um tris. Que sigas melhor, não quero saber como estás. Nenhuma notícia vou receber, sei que vais saber o que fazer e eu vou continuar sem você. Eu que sempre fui tão solitária, me encontro agora mais sem amores do que nunca e isso não é ruim, depositarei essa amor em mim, pois mereço me amar um pouco mais. Estou animada, sigo de página virada, me parece tão belo o caminho a trilhar. Estrelas que brilham tão fortes, pessoas que me amam ao redor, sem sofreres vou por onde for. Rancores nunca levei, amores pra trás deixei, aprendo tanto apesar dos apesares. Carrego um sorriso que nunca abandonei, ele é a minha marca, não o largarei. Nossas fotos não revelei, pra ser honesta, as apaguei junto com as mensagens que de ti recebia. Te perder foi como um "balde d'água fria", me gelou por dentro, mas chega de lamentos, não preciso mais lembrar. 

                                   (Autoria: Noanne Campos)

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