2 de nov. de 2010

Desapego


Cansada de mentiras e encantos, não vou mais enxugar teus prantos. Chorei diversas vezes calada pra ninguém escutar, preciso da liberdade de poder gritar. Chega de sonhos esmagados por promessas não concretas, deixei teu cheiro ir embora por aquela janela. A porta fechou e as lágrimas secaram, digamos que as lembranças no passado ficaram. Então esqueça que um dia estive aqui, quero na saudade pôr fim. Esqueci de regras que eu mesma criei, larguei tudo pra viver uma história com final que eu nem sei. No fundo isso torna tudo mais sofrido, mas um dia estará resolvido. É possível que os nossos caminhos não se cruzem mais, pode ser que o melhor seja sair sem dizer ''bye''. Isso é o reflexo das feridas que ganhei nesse labirinto, onde encontrar a saída se torna cada vez mais difícil, a chave é não se envolver, é evitar me perder em você. Momentos, lembranças, coisas deixadas pra trás, era um sonho que agora não existe mais. Vá agora, feche a porta, eu mesma farei essas lágrimas sairem do meu rosto. Sem resposta ficaram os que me perguntarem sobre você e os que tiverem o que contar, eu não vou escutar. Sejamos honestos, essas farças já nem enganam. Acabou a graça do jogo, é apenas o silêncio que invade a sala e torna as memórias um poço sem escada pra subir. Vá logo, preciso descançar, curar essas dores que ocuparam teu lugar. Estava só, mas em paz antes de você chegar. Por que veio? Vá, já está na hora disso finalizar. Vá e por favor, não volte!

                     (Autoria: Noanne Campos)

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